“Eu te constituí como luz das nações para levares a salvação até os confins da terra” (At 13,47)
“Eu te constituí como luz das nações para levares a salvação até os confins da terra” (At 13,47)
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Nasceu para nós um menino (Is 9,5)

Publicado em 2 de dezembro de 2016 - 16:04:31

Aproxima-se o final de mais um ano litúrgico! Como comunidades de fé, rendemos graças ao Senhor, nosso Deus que, com sabedoria, conduziu nossos passos e nossa história, revelando-nos seu infinito amor. Ao Cristo, Rei e Senhor do universo, entregamos os frutos colhidos em meio a tantas lutas e esforços, bem como suplicamos sua proteção para iniciarmos o novo ano com alegria e compromisso como o projeto do Reino. A Liturgia nos convida a celebrar o tempo. Por meio da Liturgia, nós entramos no ‘Tempo de Deus’ que, por sua vez, entra no ‘nosso tempo’ e na ‘nossa história’, e nos santifica!

O ciclo do Natal celebrando o mistério pascal de Cristo em suas primeiras manifestações, engloba o tempo do Advento, como preparação, as festas do Natal que inclui a Epifania, como chegada e realização, e o tempo do Natal, como prolongamento com as festas da Sagrada Família, de Maria, Mãe de Deus, encerrando com a festa do Batismo do Senhor. Nele fazemos memória da vinda salvífica do Senhor, da sua manifestação na fragilidade de nossa carne, enquanto aguardamos seu novo Natal, seu Reino, sua vinda definitiva e gloriosa no fim dos tempos.

A palavra “advento” quer dizer “que está para vir”. O tempo do Advento é tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado. Esse tempo possui duas características: As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de dezembro, visam em especial, a preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. Por isso, o tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa. É de fundamental importância deixar que o Advento seja Advento e não Natal.

O Advento é tempo oportuno de aprofundar e melhorar nossas relações e nossa convivência na família, na comunidade, na vizinhança, como sinal visível da chegada do Reino entre nós. A esperança se reacende quando relações novas e fraternas se estabelecem entre as pessoas.

As festas natalinas: Natal e Epifania é o Mistério, sacramento da humanização de Deus e da divinização humana. Não simples aniversário, mas expressão e cultivo de nossa identidade humana. Reconhecimento do rosto de Deus no outro, nos pequenos, nos pobres. No Natal celebramos a manifestação de Deus em nossa humanidade, partilhando sua vida e ternura conosco e revelando seu jeito de ser humano. A salvação entra definitiva-mente em nossa história pela porta dos pequenos, e a contemplamos na singeleza do menino de Belém, na visita dos pastores e dos magos ao presépio, no Batismo de Jesus no Jordão, quando o Pai o proclama: Filho amado a quem devemos ouvir. Contemplamos o nascimento do Senhor, não como um acontecimento isolado, mas plenamente conjugado com o mistério de sua páscoa e da parusia.

Pertencem ao ciclo do Natal as festas de Maria, Mãe de Deus (1º de janeiro), da Sagrada Família e do Batismo do Senhor.

A festa do Natal põe em realce dois aspectos complementares do mesmo mistério: a encarnação do Filho eterno de Deus Pai, e a maternidade divina de Maria, que decorre da divindade de Jesus de Nazaré, de quem ela é a Mãe. Celebramos também o dia mundial da Paz; Deus, ao vir à terra, instaura um tempo em que a paz e a reconciliação tornam-se possíveis. Também celebramos o início de mais um ano civil. Todos queremos um ano novo abençoado. E bênção é Deus mostrando-nos sua face, vivendo conosco. Mas, a bênção maior é Deus em Jesus, “nascendo de mulher”, tornar-se um de nós, e assim nos introduzir em sua família divina, como filhos adotivos de seu mesmo Pai. Essa bênção os pastores viveram em Belém e saíram anunciando a todos: a alegria do nascimento de nosso Salvador. Dessa bênção vem também a desejada paz: paz nos corações, nas famílias, na sociedade... fermento da paz e fraternidade universais.

Desse modo, esperamos contribuir para que todos vivenciem com profundidade o ciclo natalino, e iniciem o ano litúrgico compreendendo-o como um itinerário teológico, pedagógico e espiritual de fé.

Mons. Ronaldo Francisco Aguarelli
Vigário Geral da Diocese de Piracicaba
e pároco da Sé Catedral Santo Antônio

 

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