“Eu te constituí como luz das nações para levares a salvação até os confins da terra” (At 13,47)
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Eleições 2018: momento de fé, esperança e compromisso social

Publicado em 4 de outubro de 2018 - 14:39:51

“Na política, todos devem empenhar suas forças para alcançar o bem comum” (GS 74).

No último encontro da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), os bispos apontaram que nós Igreja, povo de Deus, frente à realidade política nacional brasileira, não podemos ficar à margem da justiça, da luta pela defesa integral da vida e da dignidade da pessoa humana, de modo especial, os mais pobres e excluídos.

Estamos mergulhados numa grande crise econômica, estrutural, democrática e moral, o que compromete a verdadeira política que visa o bem comum, assim como, os mais pobres e excluídos. A situação atual é complexa e exige discernimento e compromisso cristão, por parte de todas as pessoas do bem e responsáveis pela justiça.

O cenário é desolador! Por renunciarem à ética e visarem o interesse próprio, muitos agentes públicos e privados extorquiram bilhões dos cofres públicos, comprometendo as já carentes áreas da saúde, moradia, trabalho, segurança e educação. Essas ações corruptas geraram sentimentos polarizados e discursos de ódio, intolerância, violência e certa radicalização que fere a democracia e a luta pela política do bem comum.

Não podemos perder a esperança por causa de um grupo de políticos e parte de uma classe privada corrupta. A luta pela vida e dignidade para todos, para além de ideologias e interesses particulares, devem conduzir a consciência de todo o povo brasileiro a partir do poder do voto consciente, concedido pela democracia; desse poder não podemos abrir mão nunca, pois este é o antídoto contra a corrupção.

Assim, a construção de um país ético, justo, honesto e igualitário começa numa sociedade democrática, nas urnas, cuja arma do povo é o voto. Como nos orientou o Papa Francisco: “Não podemos fazer como Pilatos, lavar as mãos”.

O descrédito nos políticos e o desinteresse pela política não ajudam em nada as milhões de pessoas desempregadas, que necessitam de vagas nos hospitais, segurança, educação e moradia. Neste contexto, precisamos resgatar e praticar os valores da convivência cristã e democrática, do respeito ao próximo, da tolerância e do sadio pluralismo, promovendo o debate político com serenidade, o que produz a politização da sociedade, bem como uma séria consciência política.

Antes do voto torna-se muito importante informar-se e conhecer a história e o programa de governo dos seus candidatos. Não merecem seu voto: os candidatos despreparados, ou que se escondem por trás de interesses particulares ou de grupos, não comprometidos com a defesa da vida e da pessoa humana, corrompidos pelos poderes financeiros, midiáticos e que não honraram seus compromissos no mandato anterior.

Nesse momento difícil do país, estas eleições se tornam uma oportunidade de renovação política, um convite para abandonarmos os caminhos de intolerância, do desânimo e do descrédito, e à luz do Evangelho assumirmos a dimensão política da fé, a serviço do Reino de Deus, lugar de vida, dignidade para todos (Jo 10,10).

Que Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, seja nossa fiel intercessora.

Me. Pe. Aparecido Barbosa
Animador da Pastoral Diocesana de Fé e Política

 

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