“Eu te constituí como luz das nações para levares a salvação até os confins da terra” (At 13,47)
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A Canonização de Irmã Dulce

Publicado em 12 de novembro de 2019 - 14:19:31

“Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isso a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes” (Mt 25,40)

Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos: “Santo Padre, a Santa Mãe Igreja pede que Vossa Santidade escreva os beatos (...) na lista dos Santos e como tal sejam invocados por todos os cristãos”.

Santo Padre: “Em honra à Santíssima Trindade, para a exaltação da fé católica e crescimento da vida cristã, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e Nossa, depois de ter longamente refletido, invocado várias vezes o auxílio divino e ouvido o parecer de muitos dos nossos irmãos no episcopado, declaramos e definimos santos os beatos (...) e os escrevemos na lista dos Santos, estabelecendo que em toda a Igreja esses sejam devotamente honrados entre os Santos”.

Com essas e outras palavras que causaram grande alegria e comoção em todos os presentes, realizou-se, no último dia 13 de outubro, a canonização de cinco novos santos da Igreja, entre estes, para os brasileiros, com destaque especial à Irmã Dulce, “o anjo bom da Bahia”, agora invocada como Santa Dulce dos Pobres.

Dulce Lopes Pontes, Maria Rita, nasceu em 26 de maio de 1914, em Salvador, Bahia, no seio de uma família abastada, marcada por fortes convicções cristãs e caridade operosa. Desde a infância, destacou-se por uma grande sensibilidade para com os mais pobres e necessitados. Completados seus estudos superiores, abraçou a vida religiosa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, ligada à ordem dos Frades Menores, servindo como enfermeira e professora. Animada por intenso zelo missionário, também se dedicou seriamente à instrução dos trabalhadores, mas foi, sobretudo, na assistência e cuidado aos últimos e mais sofredores que exerceu seu generoso serviço. Irmã Dulce concretizou plenamente sua ação caritativa com a fundação de uma associação de obras sociais e a construção de uma casa de acolhimento, o “Albergue Santo Antônio”. Sua caridade era maternal e carinhosa. A dedicação aos pobres tinha uma raiz sobrenatural e do Alto recebia forças e recursos para dar a vida a uma maravilhosa atividade de serviço aos mais necessitados. Os últimos meses da vida de Irmã Dulce estiveram marcados pela doença que enfrentou com serenidade e completo abandono nas mãos do Senhor. Faleceu em 13 de março de 1992, envolta por grande fama de santidade. Em abril de 2009, o papa Bento XVI reconheceu a heroicidade de suas virtudes e, em 22 de maio de 2011, celebrou o rito de sua Beatificação.

Pequena em estatura, mas gigante de alma, Irmã Dulce destacou-se pela simplicidade, vivência da caridade e profunda espiritualidade que a levava a ver Jesus em cada pessoa sofredora e abandonada. Os mais próximos recordam seu sorriso alegre e contagiante. Após um dia de intenso trabalho e visita aos necessitados, dizia ter encontrado e também tocado Jesus que se fazia presente naquelas pessoas. Não tinha vergonha de sair pelas feiras e comércios da cidade, pedindo alimentos e doações para “os seus pobres”.

Os santos são pessoas extraordinárias pela profunda experiência de encontro com Deus, pela vivência de um total desprendimento de si mesmas e dedicação radical ao serviço de Deus e irmãos, tornando-se modelos de vida para todo ser humano. Numa sociedade como a nossa, em que, cada vez mais, se verifica o individualismo e a falta de diálogo, a busca de prazeres e atrativos efêmeros, bem como a ilusão das riquezas e o apego aos bens materiais, acreditamos que o testemunho dos santos podem nos ajudar a retomar o caminho da vivência dos autênticos valores.

Pe. Paulo Sérgio Carlos
Estudante de História da Igreja – Pontificia Università Santa Croce, Roma
 

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