“O Papa Francisco demitiu do estado clerical Fernando Karadima Fariña, da Arquidiocese de Santiago do Chile. O Santo Padre tomou esta decisão excepcional em consciência e para o bem da Igreja”, informa um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé.
O Santo Padre exerceu seu “poder ordinário, que é supremo, pleno, imediato e universal na Igreja” (Código de Direito Canônico, cânone 331), consciente de seu serviço ao povo de Deus como sucessor de São Pedro.
“O decreto, assinado pelo Papa na quinta-feira 27 de setembro de 2018, entrou automaticamente em vigor a partir de então, e comporta também a dispensa de todas as obrigações clericais. Karadima Fariña foi notificado na sexta-feira 28 de setembro de 2018”, conclui o comunicado.
A investigação eclesiástica sobre Fernando Karadima começou em julho de 2010 e concluiu com o decreto divulgado em 16 de janeiro de 2011, no qual foi declarado culpado de abuso sexual e lhe foi imposto como pena a retirada “a uma vida de oração e de penitência, também em reparação das vítimas de seus abusos”.
Em 2011, foi proibido perpetuamente “o exercício público de qualquer ato de ministério, em particular da confissão e da direção espiritual de toda categoria de pessoas”.
Em 28 e 29 de abril deste ano, três vítimas de Karadima se reuniram com o Papa Francisco no Vaticano. Os presentes assinalaram que “o Papa nos pediu formalmente perdão em seu nome e em nome da Igreja universal”.
Em junho, o Pontífice voltou a se reunir com outras vítimas de Karadima, desta vez cinco sacerdotes e dois leigos, aos quais também pediu perdão.
Fonte: Newsvatican/Acidigital