“Eu te constituí como luz das nações para levares a salvação até os confins da terra” (At 13,47)
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Brasil e Mundo

Em artigo, Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada cumprimenta todos os sacerdotes no dia do padre

Publicado em 4 de agosto de 2020 - 15:43:12

No dia em que a Igreja celebra São João Maria Vianney, patrono dos sacerdotes (04/08), a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou um artigo intitulado, “O Padre: o homem de Deus”, na qual ressalta e agradece o trabalho desenvolvido pelos padres.

Confira o texto na íntegra:

O Padre: o homem de Deus

Hoje recordamos e celebramos um dia mais do que especial: o Dia do Padre! 4 de agosto também é a memória litúrgica de São João Maria Vianney. Foi o Papa Pio XI, que em 1929 o proclamou Patrono dos Padres. A escolha não foi por acaso. Ao nos determos na vida deste grande santo é possível contemplar a essência do sacerdócio.

Talvez, Caro leitor, Você tenha se perguntado se o título acima não seria algo óbvio. Eu lhe respondo que seria o esperado, porém em tempos de egocentrismo quase que desenfreado, correr-se-á o risco de encontrar o padre, mas infelizmente procurar e não se deparar com o homem de Deus. Mas o que seria então esperado do Padre, como sendo um homem de Deus?

Primeiramente que seja um homem de Oração, pois tão bem nos ensinou o Cura D’Ars: “o tesouro do cristão não está na terra, mas nos céus. Por isso, o nosso pensamento deve estar voltado para onde está o nosso tesouro. Esta é a mais bela profissão do homem: rezar e amar. Se rezais e amais, eis aí a felicidade do homem sobre a terra”. [1] O padre é aquele que deixou tudo para seguir o convite amoroso de Jesus, e que não se arrepende de sua escolha, porque carrega a firme convicção de que ela partiu do chamado para uma grande missão. O sacerdote que se compreendeu como um homem de Deus, não reza diariamente o ofício divino como mero cumprimento de uma promessa. Mas é aquele, que se detém na presença de Deus porque cultivando esta intimidade encontra o pleno sentido do seu ministério.

O Padre sendo um homem de Deus, é chamado principalmente em tempos difíceis que passamos, a ser uma testemunha viva do Cristo Ressuscitado. Não cabe a um Sacerdote se trancafiar em sua casa como se ela fosse a sua fortaleza. Isso seria sinal de ausência da fé, senão também revestido pelo espírito de acovardamento. És um homem de Deus, se houver nele a disposição para acolher os que se reconhecem fraco como também pecadores; e por se sentirem necessitados do perdão que cura, buscam a reconciliação. Como também alimenta, com o que nutre a alma e não o corpo, aqueles que sedentos estão da presença de Deus. E como Cristo que não veio para os sadios, mas para os que estão doentes, concede a unção e o conforto aos que lutam pela vida ou se preparam para o encontro definitivo com Deus. Para isso é preciso estar movido pelo espírito de parresia[2], porque confiança plena encontrou nas palavras do Mestre que o convida a se arriscar quando nos ensina: “Quem perder a sua vida, vai encontrá-la”[3]. Um Padre que vive o seu sacerdócio ministerial de maneira plena, carrega uma certeza no seu coração: ao fechar os olhos a esta vida passageira, poderá abri-lo e contemplar a face daquele a quem tanto buscou, amou e serviu.

Por fim termino essa reflexão com umas das frases mais belas atribuídas ao Santo Patrono deste dia: ‘O Sacerdote é o amor do Coração de Jesus. Quando virdes o padre, pensai em Nosso Senhor Jesus Cristo’. Para entender a riqueza deste ensinamento se exige, de maneira geral, sensibilidade e compaixão por parte de todos os cristãos católicos. Da parte de nós, os sacerdotes, deverá sempre despertar o desejo vivo a cada novo dia de se configurar ao Cristo; para que a nossa própria vida seja um reflexo constante da presença de Deus, que o Povo tão intensamente busca. Da parte dos leigos necessitará existir a consciência que o sacerdote é um homem, e pela sua condição humana traz inúmeros limites e fraquezas. Por isso é oportuno se já o fazem; intensificar ainda mais as orações, para quem em cada padre seja possível encontrar o tão esperado: homem de Deus. Como diz uma oração tão bonita e oportuna neste mês vocacional: Senhor…’sustenta a fidelidade de nossos padres…’.

São João Maria Vianney: Rogai por Nós!

Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada do Regional Sul 1 da CNBB.

 

[1] OFÍCIO DIVINO, 2° leitura do ofício das leituras na memória de São João Maria Vianney.

[2] GAUDETE ET EXSULTATE, Exortação apostólica do Papa Francisco, n° 129.

[3] EVANGELHO DE MATEUS: 10, 39b.


Fonte: site do Regional Sul 1 da CNBB
 

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